Estou postando mais algumas fotos do Exército da Alemanha. Ainda estou pesquisando todo o álbum, mas disponibilizei essas fotos para conhecimento e auxílio na pesquisa dos interessados no assunto Segunda Guerra Mundial. Na verdade estou dando prioridade na produção de um documentário curta metragem que aborda o cotidiano da tropa e as trocas de telegramas durante as operações na Guerra do Contestado.
História Geral e Militar, Relações Internacionais, atualidades, cultura e assuntos da caserna.
domingo, 4 de dezembro de 2016
FOTOS RARAS DO EXÉRCITO ALEMÃO DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - PARTE III
Historiador, Psicólogo, Arteterapeuta, Artista Plástico e Mosaicista
terça-feira, 15 de novembro de 2016
FINALMENTE A PIPA NO CÉU
"Soltar
pipa" é um dos principais entretenimentos dos jovens e adultos da cidade
do Rio. Diariamente ocorrem "sangrentas batalhas de pipas" no céu da
cidade. Por conta disso muitas linhas de pipas são enceradas com substâncias
cortantes. São os "ceróis", uma mistura perigosa de cola de madeira
com vidro moído ou pó de ferro. Essa prática transforma a linha em uma navalha.
O objetivo é cortar a pipa adversária, ou seja eliminar do céu. Muitos
acidentes ocorrem por conta da linha encerada que atinge pessoas nas ruas,
principalmente motociclistas, que sofrem ferimentos nos pescoços,
inclusive resultando em morte.
De acordo com a lei, é proibido comercializar
esse material cortante, mesmo assim você encontra no mercado ilegal de alguns
bairros.
Historiador, Psicólogo, Arteterapeuta, Artista Plástico e Mosaicista
segunda-feira, 14 de novembro de 2016
A CHEGADA DO III REICH
Com a nomeação de Adolf Hitler como chanceler, em 30 de janeiro de 1933, a Alemanha nazista tornou-se um regime no qual os alemães não possuíam direitos básicos garantidos. Isso tudo é narrado por Richard Evans em detalhes minuciosos. Como não poderia deixar de ser, o autor é um dos mais destacados especialistas em História da Alemanha. Nasceu em Londres, em 1947. Foi professor de História na Universidade Columbia e na Universidade de Londres.
Historiador, Psicólogo, Arteterapeuta, Artista Plástico e Mosaicista
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
LEMBRANÇAS DO “COMPLEXADO” MULATO LIMA BARRETO
Lima Barreto |
Em 1º
de novembro de 1922 morria no bairro de Todos os Santos, subúrbio do Rio de
Janeiro, o escritor e jornalista Afonso Henriques de Lima Barreto, autor
de "O Triste Fim de Policarpo
Quaresma."
Lima
Barreto nasceu em 13 de maio de 1881, numa sexta-feira, no bairro de
Laranjeiras, Rio de Janeiro. Filho de João Henriques de Lima Barreto, tipógrafo
da Imprensa Nacional, e de Amália Augusta Barreto, professora primária de um
colégio que também funcionava na Rua Ipiranga.
Missa em comemoração a Abolição da Escravidão no Brasil |
O escritor foi batizado em 13 de
outubro de 1881, na Igreja de Nossa Senhora da Glória, e teve como padrinho
Afonso Celso, o Visconde de Ouro Preto, uma ilustre figura da época. Sua mãe
morreu quando ele tinha apenas seis anos de idade. Ele participa, com o pai, da
missa campal pela celebração da Abolição da Escravatura. Lima guardou uma
memória familiar dramática do golpe do 15 de novembro de 1889, especialmente do governo de Floriano Peixoto.
Princesa Isabel |
Em
1909, publicou seu primeiro romance, Recordações do Escrivão Isaías Caminha, onde fez duras
críticas a imprensa e aos jornalistas, mais especificamente ao jornal do Correio da Manhã,
que no romance recebe o nome de O Globo. Lima tornou-se mal visto por todos os
grandes jornais do Rio. No livro, o escritor também expôs o preconceito racial que imperava na
sociedade brasileira da época.
O romancista
passou maus momentos em sua vida. Há varias passagens em seu “Diário
íntimo” em que deixa claro sua tristeza em relação a acontecimentos de sua
vida, como ocorre, por exemplo, quando, em determinado momento, lembra de uma
passagem de seu passado em que recebeu um convite para assistir à bordo à
partida de navios estrangeiros no porto do Rio de Janeiro e sentiu-se
contrariado, não concluindo seu intento:
“Fui
a bordo ver a esquadra partir. Multidão. Contato pleno com moças
aristocráticas. Na prancha, ao embarcar, a ninguém pediam convite; mas a mim
pediram. Aborreci-me. Encontrei Juca Floresta. Fiquei tomando cerveja na barca
e saltei. É triste não ser branco.”
Lima Barreto, como em inúmeros outros textos
de cunho biográfico, deixa claro sua insatisfação com a maneira como os negros
(ou mulatos) eram tratados pela sociedade. Em algumas de suas crônicas também
se pode perceber como suas opiniões expressas nas revistas e jornais são
sinceras e funcionam como denúncia.
Lima Barreto |
Da
sua revolta, nasceu uma literatura voltada para os personagens do subúrbio. Sua
combatividade, camuflava um ser melancólico que encontrou no álcool seu
refúgio, que foi tirando sua vida aos poucos. Lima passou a beber cada vez mais
nos botequins. Por vezes, depois de várias doses de cachaça, ele era encontrado
por amigos dormindo na sarjeta. Chegou a ficar dois meses internado em um
hospício quando perdeu o controle de seu vício. Lima morreu jovem, com apenas
41 anos, mas deixou um grande legado literário, entre contos, crônicas, ensaios
e memórias. Mas cabe ressaltar que as
suas obras somente tiveram o merecido reconhecimento depois de sua morte.
Francisco de Assis Barbosa (1988)
autor da sua biografia A Vida de Lima
Barreto e também um dos organizadores das obras completas de Lima Barreto
na década dos anos de 1950, partilha da mesma visão de muitos críticos de que
Lima Barreto era um ressentido e complexado por sua cor.
“A
verdade é que preconceito de cor sempre existiu e ainda existe no Brasil, em
maior ou menor escala. O que acontece é que há os que vencem e se acomodam,
como há também os que se deixam marcar com cicatrizes mais profundas, quando
não sucumbem às restrições e reservas que se lhes impõem. Questão de
temperamento. O caso de Lima Barreto é típico, e bem merece um estudo mais
profundo, o que somente um especialista poderia fazer.”
Em vários momentos da obra,
Barbosa utiliza o termo “complexo de
cor”, ao se referir as manifestações de Barreto
sobre racismo no Brasil. Fica a dúvida sobre qual é o entendimento de
Barbosa sobre vencer e se acomodar aos preconceitos? Ao que tudo indica seria o
de se integrar na lógica do embranquecimento. No senso comum se produziu a
idéia de que quem luta contra o preconceito e a discriminação no Brasil é um
complexado, ou seja, o bom negro ou mulato é aquele que sabe onde é o seu lugar
social, “sofre calado” e “não cria problema”. Ou o melhor, não fala sobre
racismo.
Lima Barreto tinha consciência do
racismo que o atingia profundamente, mas seu biógrafo nos oferece um
alternativa simplista que em linhas gerais
ameniza o racismo no Brasil e culpa a vítima. Uma visão que
“insistentemente” permanece no imaginário da sociedade brasileira.
Por
que conhecer e ler as obras de Lima Barreto? porque não somos um país
complemente livre. porque somos um país socialmente injusto, porque somos um
país onde os pobres continuam pobres e as elites lutam com todas as forças
para impedir que seu status quo seja abalado. Não é para
conhecer e aprender português que se ler Lima Barreto. Com Lima Barreto se
aprende a conhecer o Brasil.
Para saber mais sobre Lima Barreto acesse ao link abaixo:
Historiador, Psicólogo, Arteterapeuta, Artista Plástico e Mosaicista
sábado, 8 de outubro de 2016
BRASIL: IMAGENS DE GUERRAS E REVOLTAS - A Guerra do Contestado
4ª Companhia de Metralhadoras |
A Guerra do Contestado começou em 22 de outubro de 1912 e
teve fim há 100 anos, em agosto de 1916. O conflito foi
uma disputa pela região conhecida como “Contestado”, localizada entre
Paraná e Santa Catarina. Essa região era rica em recursos
naturais, o que permitiu a subsistência do sertanejo local. Essa região era
habitada desde a época colonial. Já no período imperial começou a distribuição
da população pelo espaço rural.
"monge João Maria" |
Muitos camponeses haviam sido
contratados para a construção de uma Estrada de Ferro, mas, com o término da
obra, foram demitidos e expulsos da região do Contestado. Uma empresa
estrangeira construiu uma madeireira, e os camponeses perderam a exploração de
madeira como fonte de renda. Nessa fase da história do Contestado começaram a deslocar-se
pela região alguns indivíduos dotados de grande carisma, que alentavam a
população pobre de suas mazelas com pregações religiosas, e uma organização
social que uniu os sertanejos em torno de um grande líder. Esses fatores deram
ao sertanejo um caráter messiânico, onde a figura máxima foi o monge João
Maria.
General Setembrino |
Durante muitos anos apareceram e
desapareceram diversos "monges", confundidos com o próprio João
Maria. Em 1912 surgiu na cidade de Campos Novos, no interior de Santa Catarina,
o monge José Maria. Aconselhando e curando doentes a fama do monge cresceu, a
ponto de receber a proteção de um dos mais importantes coronéis da região,
Francisco de Almeida. Vivendo em terras do coronel, o monge recebia a visita de
dezenas de pessoas diariamente, provenientes de diversas cidades do interior.
Proteger o monge passou a ser sinal de prestígio político, por isso, a
transferência de José Maria para a cidade de Taquaruçu, em terras do coronel
Henrique de Almeida, aguçou as disputas políticas na região, levando seu
adversário, o coronel Francisco de Albuquerque, a alertar as autoridades
estaduais sobre o desenvolvimento de uma "comunidade de fanáticos" na
região.
A utilização da aviação para reconhecimento |
Durante sua estada em Taquaruçu, José
Maria organizou uma comunidade denominada "Quadro Santo", liderada
por um grupo chamado "Os Doze pares de França", numa alusão à
cavalaria de Carlos Magno na Idade Média, e posteriormente fundou a
"Monarquia Celestial".
Ao iniciar a Segunda década
do século, o país era governado pelo Marechal Hermes da Fonseca, responsável
pela "Política das Salvações", caracterizada pelas intervenções
político-militares em diversos estados do país, pretendendo eliminar seus adversários
políticos. Além da postura autoritária e repressiva do Estado, encontramos
outros elementos contrários ao messianismo, como os interesses locais dos
coronéis e a postura da Igreja Católica no sentido de combater os líderes
"fanáticos".
Ferido sendo atendido em Hospital de Campanha |
Tropa em travessia do rio |
O primeiro conflito armado
ocorreu na região de Irani, ao sul de Palmas, quando foi morto José Maria,
apesar de as tropas estaduais terem sido derrotadas pelos caboclos. Os
seguidores do monge, incluindo alguns fazendeiros reorganizaram o "Quadro
Santo" e a Monarquia Celestial; acreditavam que o líder ressuscitaria e o
misticismo expandiu-se com grande rapidez. Os caboclos condenavam a república,
associando-a ao poder dos coronéis e ao poder da Brazil Railway.
No final de 1913 um novo
ataque foi realizado, contando com tropas federais e estaduais que, derrotadas,
deixaram para trás armas e munição. Em fevereiro do ano seguinte, mais de 700
soldados atacaram o arraial de Taquaruçu, matando dezenas de pessoas. De março
a maio outras expedições foram realizadas, porém sem sucesso.
A organização das Irmandades continuou a se
desenvolver e os sertanejos passaram a Ter uma atitude mais ofensiva. Sua
principal líder era uma jovem de 15 anos, Maria Rosa, que dizia receber ordens
de José Maria. Em 1° de setembro foi lançado o Manifesto Monarquista e a partir
de então iniciou-se a "Guerra Santa", caracterizada por saques e
invasões de propriedades e por um discurso que vinculava pobreza e exploração à
República.
A partir de dezembro de 1914
iniciou-se o ataque final, comandado pelo General Setembrino de Carvalho,
mandado do Rio de Janeiro a frente das tropas federais, ampliada por soldados
do Paraná e de Santa Catarina. O cerco à região de Santa Maria determinou
grande mortalidade causada pela fome e pela epidemia de tifo, forçando parte
dos sertanejos a renderem-se, sendo que os redutos "monarquistas"
foram sucessivamente arrasados.
Acampamento da tropa |
Armamento embarcado |
Com quase quarenta e cinco meses de conflito, a Guerra do Contestado
superou até mesmo a Guerra de Canudos em duração e número de mortes.
Famintos e com cada vez mais baixas, diante do conflito prolongado, da força e
crueldade das tropas oficiais e da epidemia de tifo, os revoltosos caminharam
para a derrota final, consumada em agosto de 1916 com a prisão de Deodato
Manuel Ramos, último líder do Contestado que foi morto após uma tentativa de
fuga.
Segue o link para assistir ao filme: A Guerra dos Pelados.(A Guerra do Contestado)
Segue o link para assistir ao filme: A Guerra dos Pelados.(A Guerra do Contestado)
https://youtu.be/KnSvUJP0tr4
Historiador, Psicólogo, Arteterapeuta, Artista Plástico e Mosaicista
quarta-feira, 5 de outubro de 2016
BRASIL: IMAGENS DE GUERRAS E REVOLTAS - A Revolta da Vacina
No início do século XX, era precária a situação no Rio de Janeiro. A
população sofria com a falta de um sistema eficiente de saneamento básico. Esta
situação possibilitava o aparecimento de
constantes epidemias, entre elas, febre amarela, peste bubônica e varíola.
A população de baixa renda, que moravam em habitações precárias, era a
principal vítima desta conjuntura. No centro do Rio de janeiro – a Cidade Velha
e adjacências – eclodiam habitações coletivas insalubres (cortiços), epidemias
de febre amarela, varíola e cólera, conferindo à cidade a fama internacional de
porto sujo ou “cidade da morte”, como se tornara conhecida.
Osvaldo Cruz |
Na segunda metade do século XIX, o governo imperial tinha iniciado um
processo de modernização dos serviços públicos da capital, com iluminação a
gás, introdução das linhas de bonde de tração animal rede de esgoto e coleta de
lixo, e as experiência com a energia elétrica vinham se intensificando
abrindo assim novas perspectivas.
Com a queda da monarquia, e a chegada ao poder do regime republicano, iniciou-se
um processo de o incentivo a industrialização. As novas fábricas ficam
localizadas nos arredores, porém haviam unidades que estavam localizada no
centro urbano, além de pequenas oficinas.
Esses problemas, advindos do crescimento rápido e desordenado, com o
declínio do trabalho escravo,
a cidade passara a receber grandes contingentes de imigrantes europeus e de
ex-escravos, atraídos pelas oportunidades que ali se abriam ao trabalho assalariado. Entre 1872 e 1890, sua população duplicou,
passando de 274 mil para 522 mil habitantes.
O Rio de Janeiro, na passagem do século XIX para o século XX, era ainda
uma cidade de ruas estreitas e sujas, saneamento precário e foco de doenças
como febre amarela, varíola, tuberculose e peste. Os navios estrangeiros não
atracavam no porto carioca, e os imigrantes recém-chegados da Europa morriam às
dezenas de doenças infecto contagiosas. A República necessitava de um símbolo
que lhe desse visibilidade permitindo ao país entrar na modernidade. Para
resolver esses problemas, ao assumir a presidência da República, Francisco de
Paula Rodrigues Alves instituiu como meta governamental o saneamento e
reurbanização da capital da República. Teve então o inicio a reforma urbana,
período conhecido popularmente como “Bota abaixo”, visando o saneamento, o urbanismo e o embelezamento, dando ao Rio de janeiro ares de cidade moderna e
cosmopolita.
Para assumir a frente das reformas nomeou-se Francisco Pereira Passos
para o governo municipal. Este por sua vez chamou os engenheiros Francisco
Bicalho para a reforma do porto e Paulo de Frontin para as reformas no Centro.
Rodrigues Alves nomeou ainda o médico Oswaldo Cruz para o saneamento.
O Rio de Janeiro passou a sofrer profundas mudanças, com a derrubada de
casarões e cortiços e o conseqüente despejo de seus moradores. A população
apelidou o movimento de o “bota abaixo”. O objetivo era a abertura de grandes
bulevares, largas e modernas avenidas com prédios de cinco ou seis andares.
Ao mesmo tempo, iniciava-se o programa de saneamento de Oswaldo Cruz.
Para combater a peste, ele criou brigadas sanitárias que cruzavam a cidade
espalhando raticidas, mandando remover o lixo e comprando ratos. Em seguida o
alvo foram os mosquitos transmissores da febre amarela. Finalmente, restava o
combate à varíola. Autoritariamente, foi instituída a lei de vacinação
obrigatória. Oswaldo Cruz encaminha ao Congresso Nacional, em 31 de
outubro, uma proposta de lei sobre a obrigatoriedade da vacinação, a
chamada Lei da Vacina Obrigatória. A sugestão foi transformada em um projeto legislativo, que gerou
insatisfação de diversos setores da população.
A população não acreditava na
eficácia da vacina. Os pais de família rejeitavam a exposição das partes do
corpo a agentes sanitários do governo.
A vacinação obrigatória foi o estopim para que o povo, já profundamente
insatisfeito com o “bota-abaixo” e insuflado pela imprensa, se revoltasse.
No dia 10 de novembro de 1904, um orador foi preso no alto do palanque
enquanto discursava contra a vacina e sua obrigatoriedade. Durante uma
semana, a população enfrentou as forças da polícia e do exército até ser
reprimido com violência. O episódio transformou, no período de 10 a 16 de
novembro de 1904, a recém reconstruída cidade do Rio de Janeiro numa praça de
guerra, onde foram erguidas barricadas e ocorreram confrontos generalizados.
paus e pedras dos casarões demolidos serviram de armas para a população, que
temerosa em ser vitima de um extermínio em massa, lutavam por suas vidas,
influenciada pelos principais meios de comunicação da época.
No dia 14 de novembro a Escola Militar da Praia Vermelha decidiu unir-se
ao povo e aderir ao levante. A vacina era apenas um pretexto para a eclosão de
uma Rebelião, pois a inflação, o achatamento salarial, o aumento abusivo dos
aluguéis, e o projeto excludente e elitista da remodelação do centro da
Capital, para os cadetes com ideais positivistas, não se tratava apenas
de uma traição aos ideais do golpe republicano de 1889, tratava-se também da
ocasião perfeita para derrubar os cafeicultores paulistas que haviam assumido o
controle da nação a partir de 1894. Após
declarar que somente morto sairia do palácio, Rodrigues Alves conseguiu tropas
leais ao governo, decretando a repressão à revolta.
Do lado popular, vários foram os que se levantaram contra as medidas
autoritárias, um dos líderes do
movimento foi Horácio José da Silva, mais conhecido como Prata Preta, que era
um capoeirista e estivador, morador da cidade do Rio de Janeiro. É considerado por
muitos um símbolo da luta contra o governo durante a Revolta da Vacina, em 1904 Liderou mais de 2 mil pessoas na barricada de Porto Arthur contra o
exército, constando que chegou a matar um soldado durante um dos ataques.Foi
preso e deportado para o Acre.
No dia seguinte, Rodrigues Alves solicitou, e o congresso aprovou o
Estado de sítio, válido por um mês. Aproveitando-se das prerrogativas do regime
de exceção, a polícia e as tropas invadiram cortiços e favelas, prendendo não
apenas quem participara do motim, mas desempregados e desvalidos em geral. A revolta deixou um saldo
de 30 mortos, 110 feridos e 945 presos, dos quais 461 são deportados para o
Acre e a vacinação prosseguiu.
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Historiador, Psicólogo, Arteterapeuta, Artista Plástico e Mosaicista
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