segunda-feira, 19 de setembro de 2016

BRASIL: IMAGENS DE GUERRAS E REVOLTAS - A Revolta da Armada



A Revolta Armada (1891-1894), ocorrida no Rio de Janeiro foi uma rebelião da Marinha do Brasil, os quais bombardearam a capital por meio dos navios de guerra da marinha, os chamados “encouraçados” (Aquidaban, Javary, Sete de Setembro, Cruzador República, Cruzador Tamandaré, cruzador Trajano, Orion, corveta Amazonas, canhoneira Marajó, dentre outros). Para os historiadores a revolta da armada começou com a renúncia de Deodoro da Fonseca, em 1891, e por isso, é dividida em dois momentos:
Primeira Revolta da Armada ocorrida no governo de Deodoro da Fonseca, primeiro presidente do país e a Segunda Revolta da Armada, dessa vez no governo de Floriano Peixoto, segundo presidente do país que assumiu a presidência após a renúncia de Deodoro.



O objetivo principal da revolta da armada, consistia em igualar os direitos e salários do exército e da marinha, uma vez que a “República da Espada” (1889-1894) representou o governo de dois militares: Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Assim, a marinha, insatisfeita, declara a revolta, sendo seus principais líderes: Saldanha da Gama e Custódio de Melo. 


 

Marechal Deodoro da Fonseca

Além das divergências políticas, a marinha alegava ilegitimidade no governo de Floriano, com a deposição de Deodoro da Fonseca (1891), após dois anos do governo provisório, uma vez que, segundo a Constituição de 1891, novas eleições deveriam ser feitas, o que não ocorreu, deixando grande parte da população (Na verdade as oligarquias cafeeiras do partido republicano) descontente.


Marechal Floriano


Com efeito, eles ansiavam pela saída de Floriano do cargo da Presidência da República e a entrada do Almirante Custódio de Melo (1840-1902), oficial da Armada do Império (1891) durante o governo de Deodoro e Oficial da Marinha, no governo de Floriano.




Os principais líderes responsáveis pelo movimento eram os almirantes Luís Filipe de Saldanha da Gama e Custódio José de Melo, que atacaram a Baía de Guanabara e a cidade de Niterói; reprimidos pelo exército, alguns rebeldes se juntaram com a revolução que ocorria no sul do país: a revolução federalista. Entretanto, com apoio da população, do exército e do partido republicano paulista (PRP), Floriano, o "Marechal de Ferro", como ficou conhecido, saiu vitorioso, em 1894, consolidando assim, a República no país.








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