A Revolta Armada (1891-1894), ocorrida no Rio de Janeiro foi
uma rebelião da Marinha do Brasil, os quais bombardearam a capital por meio dos
navios de guerra da marinha, os chamados “encouraçados” (Aquidaban, Javary,
Sete de Setembro, Cruzador República, Cruzador Tamandaré, cruzador Trajano,
Orion, corveta Amazonas, canhoneira Marajó, dentre outros). Para os
historiadores a revolta da armada começou com a renúncia de Deodoro da Fonseca,
em 1891, e por isso, é dividida em dois momentos:
Primeira Revolta da Armada ocorrida
no governo de Deodoro da Fonseca,
primeiro presidente do país e a Segunda Revolta da Armada, dessa vez no governo
de Floriano Peixoto,
segundo presidente do país que assumiu a presidência após a renúncia de
Deodoro.
O objetivo
principal da revolta da armada, consistia em igualar os direitos e salários do exército e da marinha,
uma vez que a “República da Espada” (1889-1894) representou o governo de dois
militares: Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Assim, a marinha,
insatisfeita, declara a revolta, sendo seus principais líderes: Saldanha da
Gama e Custódio de Melo.
Marechal Deodoro da Fonseca |
Além das divergências políticas, a
marinha alegava ilegitimidade no governo de Floriano, com a deposição de
Deodoro da Fonseca (1891), após dois anos do governo provisório, uma vez que,
segundo a Constituição de 1891, novas eleições deveriam ser feitas, o que não
ocorreu, deixando grande parte da população (Na verdade as oligarquias
cafeeiras do partido republicano) descontente.
Marechal Floriano |
Com efeito, eles ansiavam pela saída
de Floriano do cargo da Presidência da República e a entrada do Almirante
Custódio de Melo (1840-1902), oficial da Armada do Império (1891) durante o
governo de Deodoro e Oficial da Marinha, no governo de Floriano.
Os principais líderes responsáveis pelo movimento eram os almirantes Luís Filipe de Saldanha da Gama e Custódio José de Melo, que atacaram a Baía de Guanabara e a cidade de Niterói; reprimidos pelo exército, alguns rebeldes se juntaram com a revolução que ocorria no sul do país: a revolução federalista. Entretanto, com apoio da população, do exército e do partido republicano paulista (PRP), Floriano, o "Marechal de Ferro", como ficou conhecido, saiu vitorioso, em 1894, consolidando assim, a República no país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário