Um jantar brasileiro (1827). Jean Baptiste Debret.
O Brasil foi o último país do continente americano a extinguir a escravidão. Em 13 de maio de 1888 a princesa Isabel assinou a Lei Áurea.
Foram mais de três séculos, e o Brasil foi o destino de boa parte do tráfico de africanos no mundo. Quase cinco milhões de pessoas foram trazidas para o País.
O imperador do Brasil Dom Pedro II, manifestando um grande interesse pela fotografia, contribuiu para que a fotografia ganhasse um amplo espaço no registro do cotidiano brasileiro. E a escravidão também foi amplamente documentada pelos fotógrafos do século XIX. Na postagem de hoje apresentamos algumas imagens do cotidiano de escravos e escravas e também os instrumentos utilizados para torturar os cativos no Brasil.
|
Escravos conduzindo um homem na liteira. Salvador -BA, 1860. Acervo IMS. |
|
Dois escravos conduzindo uma senhora branca na liteira, Salvador -BA, 1860, Acervo do Instituto Moreira Salles. |
|
Escrava vendedora com os filhos. Acervo do Museu Municipal de Cachoeira do Sul-RS. |
|
Retrato de homem da etnia “Mina Mondri”, de Augusto Stahl. Rio de Janeiro, c. 1865. Acervo do The Peabody Museum of Archaeology & Ethnology.
|
|
Foto de moça da etnia “Mina Ondo” com turbante e colar. De Augusto Stahl. Rio de aneiro, c. 1865. Acervo do The Peabody Museum of Archaeology & Ethnology. |
|
Retrato de escrava babá brincando com criança.Foto de Jorge Henrique Papf. Petrópolis (RJ), 1899. Pertence à coleção George Ermakoff. |
|
Fotografia da escrava Florinda Ana do Nascimento. Acervo do Instituto Feminino da Bahia, Museu do Traje e do Têxtil. S/ data. |
|
Escravos em uma Casa Grande na Bahia em 1870. Fonte: livro Escravidão em Alagoas, de Félix Júnior, Maceió, 1974. |
|
Mulheres escravas preparam comida durante a colheita do café no século XIX / Imagem: Victor Frond - Litografada pelos artistas de Paris, 1861, Paris Lemercier, Imprimeur - Litographe - Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin - Reprodução Renato Parad |
|
Escravo sapateiro. Acervo IMS |
|
Marc Ferrez/ Coleção Gilberto Ferrez/ Acervo Instituto Moreira Salles, escrava com seu filho | Salvador, BA, c. 1884
|
|
Marc Ferrez. Escravos na colheita de café, c. 1882. Vale do Paraíba, RJ / Acervo IMS |
|
Escravos na colheita do café Rio de Janeiro, RJ, c. 1882. Marc Ferrez / Coleção Gilberto Ferrez / Acervo Instituto Moreira Salles |
|
Marc Ferrez/ Coleção Gilberto Ferrez/ Acervo Instituto Moreira Salles, Partida para colheita do café | Vale do Paraíba, c. 1885
|
|
Escravos em terreiro de una fazenda de café. Vale do Paraíba, c. 1882. Marc Ferrez / Coleção Gilberto Ferrez / Acervo Instituto Moreira Salles |
|
Marc Ferrez/ Coleção Gilberto Ferrez/ Acervo Instituto Moreira Salles. Primeira foto do trabalho no interior de uma mina de ouro | Minas Gerais, 1888
|
|
Foto da Fazenda Quititi, no Rio de Janeiro, 1865. Observa-se uma criança branca brincando com seu brinquedo enquanto as crianças escravas descalças e com roupas em farrapos brincam entre si. Acervo IMS. |
|
Marc Ferrez/ Coleção Gilberto Ferrez/ Acervo Instituto Moreira Salles. Escravos na colheita de café | Vale do Paraíba, c. 1882
|
|
Lavagem do ouro, Minas Gerais, 1880. (Foto: Marc Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles). |
|
Retrato de ama negra com criança branca presa às costas. Cartão postal de Rodolpho Lindemann. Salvador, [década de 1880]. Pertence à coleção Apparecido Jannir Salatini.
|
|
Quitandeiras escravas em rua do Rio de Janeiro, 1875(Marc Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles - (IMS). |
|
Palmatórias: A palmatória era um instrumento de punição e castigo feita de madeira. Consistia em dar pancadas nas palmas das mãos estendidas dos escravos. Ela tinha função de provocar violentas equimoses e ferimentos no epitélio das mãos. Era aplicada preferencialmente em mulheres e crianças e para punir faltas consideradas pequenas.
|
|
Loja de SapateiroAquarela de J. B. Debret 1820/30 |
|
"Escravidão no Brasil", de Jean Baptiste Debret . |
|
O tronco era um dos mais famosos e cruéis castigos usado nos escravos considerados 'rebeldes'. O indivíduo tinha a roupa arrancada e era preso por algemas e correntes em um tronco reto de pouco mais de 2 metros de altura. A partir daí, uma 'plateia' se formava em torno do "espetáculo" e a tortura começava. Normalmente era o feito ou o capataz que realizava a punição. Com uma chibata, o indivíduo preso ao tronco tinha suas costas e pernas dilaceradas. Quando preso no tronco, o escravo punido levava de 20 até 100 chicotadas. Muitos escravos morriam durante o castigo, e os que sobreviviam eram obrigados em banhar-se na salmoura (uma banheira com uma solução de água e sal que exercia uma aceleração da cicatrização dos ferimentos, e claro, uma dor inimaginável).
|
|
Escravo recebendo chicotadas no tronco |
|
Uma família de brancos brasileiros e suas escravas domésticas, 1860. Pernambuco. |
|
Escravos celebram um congado (um ritual cristão com elementos nativos africanos) em uma fazenda na província de Minas Gerais, Brasil.1876.Lago, Bia Corrêa do; Corrêa do Lago, Pedro. Coleção Princesa Isabel: Fotografias para o capítulo XIX . Rio de Janeiro: Capivara, 2008.
|
|
Pau de Arara: é uma barra de ferro que é atravessada entre os punhos amarrados e a dobra do joelho, deixando o corpo do torturado pendurado a cerca de 20 ou 30 centímetros do chão. Nessa posição que causa dores terríveis, o escravo ada sofria pancadas por todo o corpo.
|
|
Ferro de Marcar: era forjado em ferro, poderia carregar as iniciais dos donos, ou a letra F de fugitivo. Ele era colocado em brasa quente e logo em seguida posto contra a pele do escravo. |
|
Berlinda: Utilizadas nas fazendas brasileiras para imobilizar e castigar escravos fugitivos.
|
|
A caixinha para as mãos era usada como punição aos furtos leves praticados por domésticos. Prendendo geralmente a mão direita, esta era ferida com pregos. Além das dores do momento, o escravo ficava com a mão inutilizada. Depois era liberado. A marca nas mãos podia servir de exemplo para outros escravos. |
Segue abaixo o link para assistir ao filme Quilombo, que aborda a escravidão no Brasil.
https://youtu.be/pwbmkM7xQS0
Nenhum comentário:
Postar um comentário