sábado, 5 de dezembro de 2015

RIO DE JANEIRO: MUITO MAIS DO QUE UMA CIDADE OLÍMPICA – PARTE VI - CAMPO DE SANTANA


As cotias tornaram-se uma atração a parte no Campo de Santana



O pavão também chama a atenção de quem passa pelo Campo de Santana

  Seguindo pela Avenida Mem de Sá até o final você chega no Campo de Santana.
Atualmente também chamado de Praça da República,  ele foi um depósito de lixo e esgoto colonial, sobre o terreno alagadiço aterrado pelo Conde de Resende, Vice-Rei do Brasil.

 
Vista aérea do Campo de Santana


 No início do século XVIII, ainda era um campo de cajueiros e ficava fora da cidade, que terminava na Rua da Vala, hoje Uruguaiana, nesta época chamava-se Campo de São Domingos. Mais tarde passou a chamar-se Campo de Santana e a partir de 1822, por ordem de D. Pedro I, passou a ser o Campo da Aclamação, devido ao fato histórico da Aclamação do Primeiro Imperador do Brasil, ocorrida em 12 de outubro de 1822. Em 1831, possuía três nomes: era para uns o Campo de Honra; para outros o Campo da Regeneração e ainda o Campo da Liberdade. Em 1889, com a Proclamação da República passou a ser finalmente a Praça da República.

 
Casa onde residiu o Marechal Deodoro da Fonseca

Na época da Proclamação da República, nele morava, próximo da Casa da Moeda, o Marechal Deodoro da Fonseca, numa casa ainda hoje preservada, desta casa o Marechal saiu para participar em 1890, da derrubada do último imperador recebendo então o nome de praça da República.

 
Antiga Casa da Moeda
 No centro da ampla clareira central ergueu-se grande monumento à República. Em 1870, existia na praça um grande picadeiro, onde os candidatos a cocheiro de tílburis aprendiam o ofício e prestavam exames.
 
Monumento em homenagem a Benjamin Constant

 O aspecto atual, com um jardim entremeado de caminhos sinuosos, lagos, canais, pontes, grutas artificiais e recantos ensombreados, é resultado da intervenção paisagística de 1880 projetada por Auguste Glaziou.

Grutas artificiais embelezam o Campo de Santana
 

Existem fontes são espalhadas pelo parque com figuras mitológicas e chafariz. Pelo Campo circulam animais como cotia, pavão, alguns gatos que são cuidados pelos frequentadores do parque e pássaros que vão se abrigar nas enormes copas das árvores.
 
A tranquilidade do local contrasta com a agitação do centro do Rio
 O Campo de Santana também se avizinha com a Central do Brasil e o Palácio Duque de Caxias, antigo Ministério da Guerra e atual Quartel General do Comando Militar do Leste.


Antigo Ministério da Guerra e ao fundo a Estação da Central do Brasil

 Todo dia 23 de abril o Campo de Santana, ou também Praça da República, para alguns, é tomado por uma multidão que  celebra o dia de São Jorge, o santo guerreiro, adorado tanto por católicos quanto por adeptos das religiões africanas. Durante uns dois dias são celebradas missas na Igreja de São Gonçalo Garcia e São Jorge, que fica na esquina  do Campo de Santana. São realizados vários eventos  no local até o sol raiar. 


Festa de São Jorge no Campo de Santana

Vale a pena conferir esse passeio no  centro da cidade do Rio de Janeiro. Até a próxima postagem.