As cotias tornaram-se uma atração a parte no Campo de Santana |
O pavão também chama a atenção de quem passa pelo Campo de Santana |
Seguindo pela Avenida Mem de Sá até o
final você chega no Campo de Santana.
Atualmente também chamado de Praça da
República, ele foi um depósito de lixo e
esgoto colonial, sobre o terreno alagadiço aterrado pelo Conde de Resende,
Vice-Rei do Brasil.
No início do século XVIII, ainda era
um campo de cajueiros e ficava fora da cidade, que terminava na Rua da Vala,
hoje Uruguaiana, nesta época chamava-se Campo de São Domingos. Mais tarde
passou a chamar-se Campo de Santana e a partir de 1822, por ordem de D. Pedro
I, passou a ser o Campo da Aclamação, devido ao fato histórico da Aclamação do
Primeiro Imperador do Brasil, ocorrida em 12 de outubro de 1822. Em 1831,
possuía três nomes: era para uns o Campo de Honra; para outros o Campo da
Regeneração e ainda o Campo da Liberdade. Em 1889, com
a Proclamação da República passou a ser finalmente a Praça da República.
Na
época da Proclamação da República, nele morava, próximo da Casa da Moeda, o
Marechal Deodoro da Fonseca, numa casa ainda hoje preservada, desta casa o
Marechal saiu para participar em 1890, da derrubada do último
imperador recebendo então o nome de praça da República.
No centro da ampla clareira central ergueu-se
grande monumento à República. Em
1870, existia na praça um grande picadeiro, onde os candidatos a cocheiro de
tílburis aprendiam o ofício e prestavam exames.
O aspecto atual, com um jardim
entremeado de caminhos sinuosos, lagos, canais, pontes, grutas artificiais e
recantos ensombreados, é resultado da intervenção paisagística de 1880
projetada por Auguste Glaziou.
Grutas artificiais embelezam o Campo de Santana |
Existem fontes são espalhadas pelo
parque com figuras mitológicas e chafariz. Pelo Campo circulam animais como
cotia, pavão, alguns gatos que são cuidados pelos frequentadores do parque e
pássaros que vão se abrigar nas enormes copas das árvores.
O Campo de Santana também se avizinha
com a Central do Brasil e o Palácio Duque de Caxias, antigo Ministério da
Guerra e atual Quartel General do Comando Militar do Leste.
Antigo Ministério da Guerra e ao fundo a Estação da Central do Brasil |
Todo dia 23 de abril o Campo de Santana, ou também Praça da República, para alguns, é tomado por uma multidão que celebra o dia de São Jorge, o santo guerreiro, adorado tanto por
católicos quanto por adeptos das religiões africanas. Durante uns dois dias são celebradas missas na Igreja de São
Gonçalo Garcia e São Jorge, que fica na esquina do Campo de Santana. São realizados vários eventos no local até o sol raiar.
Festa de São Jorge no Campo de Santana |
Vale a pena
conferir esse passeio no centro da cidade do Rio de Janeiro. Até a próxima postagem.